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Paxlovid: Remédio contra a Covid pode custar R$ 2.700 e criar “mercado elitizado”

Paxlovid: Medicamento da Pfizer para Covid tem eficácia de 89% contra hospitalizações e morte de idosos e pessoas com baixa imunidade – Foto: REUTERS/Wolfgang Rattay/Illustration
  • Tratamento com Paxlovid pode custar R$ 2.700;
  • Remédio da Pfizer é comprovadamente eficaz contra a Covid-19;
  • Governo federal encomendou apenas 100 mil doses para distribuir à rede pública de saúde.

O remédio Paxlovid, comprovadamente eficaz contra a Covid-19, pode acabar restrito às camadas mais abastadas da sociedade devido aos altos preços com que deve chegar às farmácias. Se seguir a mesma média de países como Estados Unidos e França, cada tratamento – que dura cinco dias – custará cerca de R$ 2.700.

O medicamento da Pfizer foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em março e, em maio, a distribuição no SUS (Sistema Único de Saúde) foi validada. Em agosto, o governo não havia fechado negócio ainda e permanecia em tratativas para realizar a compra.

Após as negociações, foram encomendadas apenas 100 mil doses do remédio para distribuir a toda a rede pública. Na época, a Pfizer informou ter “capacidade de produção suficiente” para atender “às necessidades brasileiras”.

Do total, somente 50 mil doses foram entregues até o dia 29 de setembro. O restante está previsto para chegar “no início de 2023”, de acordo com a resposta do Ministério da Saúde ao UOL.

Enquanto a remessa completa do Paxlovid não chega na rede pública, a Anvisa aprovou, em 21 de novembro, a venda em farmácias e hospitais particulares. O problema são os altos preços que o tratamento provavelmente terá, o que impede a compra por boa parte da população.

Mercado elitizado

Com eficácia de 89% contra hospitalizações e morte de idosos e pessoas com baixa imunidade, o medicamento foi aprovado nos Estados Unidos em dezembro de 2021. Um mês antes, o governo norte-americano já anunciava a compra de 100 milhões de doses.

No país, cada tratamento custou US$ 530 (R$ 2.700, na conversão atual). Na França, saiu por R$ 2.800.

Para o vice-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), Alexandre Naime, tudo indica que “vai se criar um mercado elitizado” no Brasil se a oferta pública do Paxlovid não aumentar.

Convidado a ajudar nos trabalhos da transição, Naime disse ao UOL que em reunião em novembro sugeriu “ao governo de transição que faça acordos com laboratórios para comprar quantitativos mais elevados”.

Vale destacar que apesar da quantidade adquirida ser pequena, não se sabe quanto a Pfizer disponibilizou ao governo – questionamento que nem a empresa nem o Ministério da Saúde responderam.

Até o momento, mais de 30 milhões de doses foram distribuídas a 43 países.

Publicado em:https://br.noticias.yahoo.com/

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